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Presidente-ídolo é ovacionado em São Januário. Time faz 4 a 0 e embala para encarar o Fla

Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM

Na primeira partida em São Januário após Roberto Dinamite ter assumido a presidência, o Vasco goleou por 4 a 0 nesta quinta-feira o Sport, seu carrasco na Copa do Brasil. Os gols foram de Morais, Pablo, Jean e Edmundo – o time carioca chegou à sétima colocação no Campeonato Brasileiro.

O primeiro tempo começou com o Sport em cima do Vasco. O Rubro-Negro chegava bem com Fumagalli e com o veloz Carlinhos Bala. Aos cinco minutos, o Sport quase abriu o placar. Na cobrança de escanteio, Igor subiu mais do que a zaga vascaína e cabeçeou com força, obrigando Tiago a fazer uma grande defesa.

Jogando com muita velocidade, o Sport explorava o lado direito do Vasco, aproveitando as subidas do lateral Wagner Diniz. Aos 16 minutos, Tiago fez outra ótima defesa em um chute cruzado do camisa 7 do time pernambucano.

O Vasco chegou com perigo pela primeira vez aos 18 minutos. Em um belo contra-ataque, Edmundo serviu Jean, que desperdiçou uma grande chance de abrir o placar. Aos 25 minutos o Animal deixou Pablo na cara do gol, mas o goleiro Magrão foi mais rápido e afastou o perigo.

Aos poucos o Vasco foi se encontrando na partida e passou a equilibrar as ações. Até que, aos 35 minutos abriu o placar. Em um contra-ataque, a bola sobrou para Morais, que de fora da área chutou sem chances para o goleiro Magrão: 1 a 0 Vasco.

Na segunda etapa, o Sport foi para o tudo ou nada. Nelsinho Baptista tirou o volante Sandro Goiano e no seu lugar entrou o centroavante Enílton. Mas essa mudança não surtiu efeito, pois logo aos oito minutos saiu o segundo gol do Gigante da Colina. Pablo fez uma linda jogada: passou por três marcadores do Sport e, de bico, tocou no canto esquerdo do goleiro Magrão.

Tendo que sair para o jogo, o Sport abriu espaço para o Vasco, que soube aproveitar. Em um erro grotesco da zaga pernambucana, Wagner Diniz avançou e cruzou para Jean completar para a rede. Três minutos depois, após linda tabela com Leandro Amaral, Edmundo tocou na saída do goleiro e fez o quarto, dando número finais ao placar.

VASCO X SPORT

Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 10/7/2008 – 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Antônio Hora Filho (SE)
Auxiliares: Ivaney Alves de Lima (SE) Cleriston Clay Barreto (SE)

Renda/público: R$ 104.296 / 6.703 pagantes
Cartões amarelos: Luciano Henrique 38’/1ºT, 41’/1ºT Morais, Fabio Gomes 43’/1ºT, Sandro Goiano 45’/1ºT
GOLS: Morais 35’/1ºT, Pablo 8’/2ºT, Jean 22’/2ºT, Edmundo 25’/2ºT

VASCO: Tiago, Eduardo Luiz, Rodrigo Antônio (Vinícius, 43’/2ºT) e Victor; Wagner Diniz, Jonilson, Morais, Jean e Pablo; Edmundo (Beto, 34, 43’/2ºT) e Leandro Amaral. Técnico: Antônio Lopes.

SPORT: Magrão Diogo (Everton, 15, 43’/2ºT), Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Sandro Goiano (Enílton, intervalo), Fumagalli e Fábio Gomes; Luciano Henrique e Carlinhos Bala. Técnico: Nelsinho Baptista.

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VÍDEOS

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Compacto Vasco 4 x 0 Sport

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 09:00

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Edmundo aos 25 do 2º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 01:17

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Jean aos 22 do 2º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 00:53

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Pablo aos 9 do 2º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 01:14

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Morais aos 35 do 1º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 00:42

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Em jogo emocionante, Sport ganha Vasco nos pênaltis e está na final

Cruzmaltinos fazem 2 a 0 nos 90 minutos, num gol salvador de Edmundo. Mas atacante isola penalidade e vira vilão


Estava tudo pronto para a festa. São Januário estava lotado. Com apoio da torcida, que lotou o estádio e recebeu a equipe com sinalizadores que “escreviam” o nome do clube nas arquibancadas e um foguetório como nos bons tempos da equipe campeã da Libertadores em 1998, o Vasco venceu nos 90 minutos o Sport por 2 a 0. Mas Edmundo, autor do gol no último minuto, isolou para fora, nos pênaltis, a classificação para as finais. O Sport decidirá com o Corinthians a competição.

Nervosismo e muitos erros

Com o tradicional uniforme preto e determinado a marcar logo no início, o Vasco entrou com o nervosismo junto da obrigação de vencer por dois gols de diferença. Logo nos primeiros minutos, os passes errados e as falhas no posicionamento eram visíveis. Morais e Alex Teixeira, meias ofensivos, pouco se aproximavam de Edmundo e Leandro Amaral. E quando surgia uma boa chance, a jogada saía errada. Aos 13, Edmundo tocou  na direita para o avanço de Wagner Diniz, que centrou com muita força por trás do gol.

O Sport, com o desfalque do camisa 10 Romerito, apresentava o esquema 3-5-2, com César formando a zaga com Igor e Durval, e jogava nos erros do Vasco. Com melhor toque de bola, criou as duas primeiras chances de gol. Aos 16, Leandro Machado recebeu na entrada da área e girou, com perigo, para defesa de Tiago. Aos 18, Luciano Henrique fez boa jogada pela esquerda e tocou na área. Leandro Machado dividiu com Luizão, e a bola sobrou para Carlinhos Bala, que sem ângulo bateu à queima-roupa para defesa de Tiago.

Morais, principal homem de criação, errava as jogadas e só apareceu efetivamente aos 26, batendo de fora da área, para fora. A melhor jogada de garçom foi aos 28, quando Alex Teixeira, que sentiu visivelmente a pressão, tocou para Edmundo na área. O camisa 10 custou a bater e desperdiçou a chance. Leandro Amaral, o outro atacante vascaíno, sequer recebeu uma bola em condições de progredir – é bem verdade que pouco se movimentou para ficar livre de marcação.

Se Wagner Diniz e Pablo eram pouco acionados nas laterais e havia buracos na defesa por falha de posicionamento, o Rubro-Negro pernambucano se aproveitava. Só não contava com a lentidão de Leandro Machado para concluir – desperdiçou outra chance, aos 30. Edmundo, pouco inspirado, tentou aos 40, mas bateu torto. Num primeiro tempo em que o nervosismo derrotou a eficiência nos passes e nas poucas conclusões, o placar não poderia ser outro que não o 0 a 0.

Com Jean no ataque, saem os gols

Só restou ao técnico Antônio Lopes mexer na equipe. Tirou o meia Alex Teixeira, que decepcionou, para arriscar com mais um atacante, Jean. O time mostrou mais agressividade. Aos 12, um lance polêmico: o árbitro Alício Pena Júnior marcou impedimento de Pablo, que recebeu pela esquerda. Na seqüência, Leandro Amaral cabeceou para as redes, mas o lance já estava anulado. Dois minutos depois, a melhor jogada do Vasco. Madson, que acabara de entrar no lugar de Morais, centrou para Leandro Amaral, que desequilibrado mandou para o gol – Magrão fez boa defesa.

O time percebeu que pelo alto poderia chegar ao gol. E foi o que aconteceu. Aos 19 minutos, Leandro Bomfim cobrou falta na medida para Leandro Machado, de mergulho, mandar para as redes: 1 a 0, explosão em São Januário.

Quando o time partia para tentar marcar o segundo gol, o zagueiro Luizão, que já tinha cartão amarelo, cometeu falta em Enilton e foi expulso. Com 10 em campo, o Vasco foi mais na disposição. Aos 32, Leandro Amaral, o melhor do time, quase marcou o segundo – a bola foi para fora.

Nos contra-ataques, o Sport tentava surpreender. Aos 40, Enilton chutou, a bola resvalou na zaga e e tocou na trave. Aos 42, em bola alçada na área, quase o Vasco chegou ao segundo gol. A bola pune. Aos 45, Pablo bateu de fora da área, Magrão soltou e Edmundo marcou o segundo gol e levou a partida para os pênaltis.

– Se não temos ótimo time, precisamos superar com a garra. O estado de espírito para os pênaltis está ótimo, a torcida nos apoiou

Ficha do jogo

VASCO 2 (4) x 0 (5) SPORT
Tiago, Wagner Diniz, Jorge Luiz, Luizão e Pablo; Jonílson, Leandro Bomfim, Morais (Madson) (Rodrigo Antônio) e Alex Teixeira (Jean); Leandro Amaral e Edmundo. Magrão, Igor, César e Durval; Luizinho Netto, Daniel Paulista, Sandro Goiano (Everton), Luciano Henrique (Fábio Gomes) e Dutra; Carlinhos Bala e Leandro Machado (Enilton).
Técnico: Antônio Lopes. Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Leandro Amaral, aos 19,.e Edmundo, aos 45 do segundo tempo. Nos pênaltis: Luizinho Netto, Fábio Gomes e Magrão (Sport). Leandro Amaral, Tiago, Leandro Bomfim (Vasco)
Cartões amarelos: Jonílson, Edmundo, Luizão e wagner Diniz (Vasco) e Luciano Henrique e Dutra (Sport). Cartão vermelho: Luizão (Vasco). Público: 24.033 pagantes. Renda: R$ xxx.
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro. Data: 28/05/2008. Árbitro: Alício Pena Junior (Fifa MG). Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa RS) e Gilson Bento Coutinho (PR).

Com o Caldeirão lotado, Vascão parte para o ataque rumo à decisão da Copa do Brasil

Equipe precisa vencer por três gols de diferença o Sport para superar os 2 a 0 do jogo de ida. Em São Januário, jogadores contam com a torcida para fazerem jus à fama de time da virada

Arquivo / O Globo

Vencer por três gols de diferença e, de preferência, sem levar nenhum gol. Essa é a missão do Vasco no jogo desta quarta-feira, às 21h50m, em São Januário, na partida de volta das semifinais da Copa do Brasil. Ethan Hunt, personagem de Tom Cruise no filme “Missão Impossível”, e o James Bond de Daniel Craig ficariam com inveja da meta que o time da Colina precisa cumprir diante do Sport para chegar à decisão do torneio nacional. GLOBOESPORTE.COM Na Ilha do Retiro, o Sport venceu por 2 a 0 e pode empatar, perder por até um gol de diferença ou por dois se marcar um gol na Colina. Tudo isso para estar classificado para a final do torneio. Ao Vasco, apenas um vitória por três gols o colocará na próxima fase da Copa do Brasil. Na mirabolante missão vascaína, a média de 2,13 gols por partida em 2008 motiva ainda mais os cruzmaltinos. Caso consiga manter o percentual, o confronto vai ser decidido nos pênaltis. O problema é que a defesa vascaína tem um desempenho muito ruim em 2008, com um tento por jogo.
Com o apoio da torcida

Com todos os 20 mil ingressos vendidos, o Vasco não quer decepcionar os seus torcedores. Para o confronto desta quarta-feira, em São Januário, o técnico Antônio Lopes modificou o esquema de 3-5-2 para o 4-4-2. Além da formação diferente, o comandante vascaíno alterou algumas peças. Sem Eduardo Luiz, suspenso, Luizão vai começar jogando ao lado de Jorge Luiz. Porém, a mudança mais significativa na equipe foi a entrada de Alex Teixeira na vaga de Madson. Com isso, a tendência é que Lopes improvise Pablo ou Rodrigo Antônio no setor. O primeiro leva vantagem por já ter atuado pelo lado esquerdo. O treinador do Vasco não quis confirmar a escalação do time e vai levar o mistério até minutos antes do início da decisão.

– O time está escalado, os jogadores já estão savendo, mas só vou divulgar a escalação para a imprensa 45 minutos antes do jogo – diz Lopes.

A dupla de ataque do Vasco, formada por Edmundo e Leandro Amaral, confia em uma boa atuação da equipe e na virada no placar. Para Edmundo, o apoio da torcida vai ser fundamental para o time vascaíno.

– O torcedor acredita no time quando ele vê a possibilidade desse sonho se tornar realidade. Quem ganha mais com isso é o clube, é o jogador. O torcedor tem a alegria que a gente não consegue pegar, não consegue apalpar, que é o ganho da felicidade, o ganho do sorriso. Às vezes, uns vão até chorar de emoção, mas é uma coisa de sentimento, que não dá para explicar. Se eles (torcedores) estão confiando é porque é possível, e a gente vai atrás – afirma o Animal.

Pernambucanos em busca de um gol

O Sport chegou ao Rio de Janeiro na noite de segunda-feira e fez um treinamento na terça-feira, nas Laranjeiras, no campo do Fluminense. A única dúvida do técnico Nelsinho Baptista é em relação ao meia Romerito, que está com uma contratura muscular na coxa esquerda. O treinador vai esperar o atleta até o último instante.

Caso não possa contar com o seu principal jogador, Nelsinho vai escalar um volante, provavelmente Everton. Existe a possibilidade do treinador apostar em Luciano Henrique, que atua na mesma posição de Romerito. Para o atacante Carlinhos Bala, o Sport não deve ficar apenas na defesa em São Januário.

– Nós vamos atacar em São Januário. Não vamos ficar esperando lá atrás. Se marcarmos um gol, a situação vai ficar mais tranqüila – diz Bala.


Título sul-americano completa 60 anos

Título sul-americano completa 60 anos

Em 48, Vasco foi o primeiro time a ser campeão continental após empate com River Plate

Agência
Na sala de troféus de São Januário, a taça do título de 1948 fica em destaque, entre as taças da Libertadores (direita) e da Mercosul (e)

Na música que virou símbolo da torcida cruzmaltina nos estádios desde o ano passado é possível entender um pouco da história do clube: “Vou torcer pro Vasco ser Campeão,
São Januário, meu caldeirão… Vasco, tua glória é tua história, é relembrar o Expresso da
Vitória”. O citado “Expresso da Vitória”, time que entre 1945 e 1952 ganhou dezenas de títulos, foi o responsável por uma das conquistas mais importantes da história da Colina. Nesta sexta-feira, 14 de março, completa 60 anos que o Vasco levantou a taça do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948.

A competição, disputada no Chile, foi a primeira conquista pelo futebol brasileiro no exterior. Incluindo a seleção brasileira. O Vasco foi campeão invicto com quatro vitórias e dois empates e superou um dos principais clubes da época: o River Plate, da Argentina, que era chamado de “La Maquina” e tinha o craque Di Stéfano. O Sul-Americano de Clubes Campeões foi o título mais importante do Vasco até a conquista da Taça Libertadores em 98.

A Conmebol passou a reconhecer a competição em 1996, e o Vasco se tornou o primeiro campeão sul-americano. A reivindicação da diretoria ocorreu para o clube ter o direito de disputar a Supercopa, que reunia todos os campeões de Libertadores.
A defesa do Vasco usou como principal prova um livro antigo da Conmebol, que havia sido descoberto na época, e contava a história da Taça Libertadores. No livro, o Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 foi considerado o “embrião” da Libertadores.

Convite foi feito por dirigente rubro-negro

O livro “Um Expresso chamado Vitória”, que será lançado em agosto deste ano e foi produzido pelos pesquisadores Alexandre Mesquita e Jefferson Almeida, descobriu que o Vasco recebeu o convite para participar do Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 por um dirigente rubro-negro. Dario de Melo Pinto, que representava os interesses do Colo Colo, do Chile, entrou em contato com a diretoria vascaína no dia 18 de dezembro de 1947 para conversar sobre a competição. O cartola rubro-negro também levou o presidente do clube chileno, Robinson Alvarez Marín, para visitar a sede de São Januário e acertar a participação vascaína. O clube foi escolhido por ter sido campeão invicto do Campeonato Carioca de 1947. Outros seis clubes disputaram o título com o Vasco:

  • Colo-Colo (Chile) – Campeão chileno e organizador da competição
  • Nacional (Uruguai) – Campeão uruguaio de 1947
  • River Plate (Argentina) – Campeão argentino de 1947 e visto como o principal time sul-americano
  • Emelec (Equador) – Campeão de Guayaquil em 1946 e 1948, na época o principal torneio do país
  • El Lítoral (Bolívia) – Campeão do Torneio de La Paz, a principal competição boliviana
  • Municipal (Peru) – Vice-campeão peruano de 1947

A competição tinha um regulamento simples. Todos os clubes se enfrentariam, e o campeão seria quem somasse mais pontos. O Sul-Americano de Campeões duraria pouco mais de um mês. Começava no dia 11 de fevereiro e terminava no dia 14 de março. Todos os jogos vascaínos seriam disputados no Estádio Nacional, em Santiago, na capital chilena.

DATA JOGOS GOLS DO VASCO
14/02/1948 2 x 1 Litoral-BOL Lelé (2)
18/02/1948 4 x 1 Nacional-URU Ademir, Maneca, Danilo e Friaça
25/02/1948 4 x 0 Municipal-PER Lelé, Friaça (2) e Ismael
29/02/1948 1 x 0 Emelec-EQU Ismael
07/03/1948 1 x 1 Colo Colo-CHI Friaça
14/03/1948 0 x 0 River Plate-ARG

O Vasco viajou com 18 jogadores para disputar a competição: Barbosa, Barcheta, Augusto, Wilson, Rafagnelli, Ely, Danilo, Jorge, Moacir, Djalma, Nestor, Maneca, Ademir, Dimas, Lelé, Friaça, Ismael e Chico. Apenas um atleta não entrou em campo durante o Sul-Americano: o meia Moacir, que na época tinha 23 anos. A força daquele time poderia ser comprovada pouco tempo depois. Seis jogadores que conquistaram o título de 1948 foram titulares da seleção brasileira na Copa de 1950.O Vasco estreou no dia 14 de fevereiro contra o Litoral, da Bolívia. O jogo foi mais difícil do que o esperado. E a vitória veio graças à inspiração de Lelé, que fez os dois gols do triunfo de 2 a 1. No jogo seguinte, o Expresso da Vitória encararia um dos favoritos ao título: o Nacional, do Uruguai. Mas o Vasco fez a melhor partida na competição e não deu chance ao rival. Uma goleada de 4 a 1, com gols de Ademir, Friaça, Danilo e Maneca. Mas a vitória nem foi comemorada. O atacante Ademir de Menezes sofreu uma fratura no tornozelo direito durante o jogo e estava fora da competição. O Vasco perdia seu o principal jogador.

JOGADOR PARTIDAS GOLS
Barbosa (goleiro) 6 -3*
Barcheta (goleiro) 1 0*
Augusto (zagueiro) 4
Wilson (zagueiro) 5
Rafagnelli (zagueiro) 5
Ely (meia) 6
Danilo (meia) 6 1
Jorge (meia) 6
Moacir (meia)
Djalma (atacante) 6
Nestor (atacante) 2
Maneca (meia) 6 1
Ademir (atacante) 1 1
Dimas (atacante) 4
Lelé (atacante) 5 3
Friaça (atacante) 6 4
Ismael (atacante) 6 2
Chico (atacante) 6
* Gols sofridos

O técnico Flávio Costa escolheu, então, Lelé para entrar no time. O atacante terminou a competição com três gols. Na terceira partida, outra goleada cruzmaltina: 4 a 0 sobre o Municipal, do Peru. Os gols foram marcados por Lelé, Friaça (2) e Ismael.

De mero participante, o Vasco passou a ser visto como um time que disputaria o título. Após três partidas, o time dividia a liderança com o River Plate. O quarto jogo foi difícil. Vitória de 1 a 0 sobre o Emelec, do Equador, com um gol de Ismael no segundo tempo.

Aliás, a boa preparação física daquele time foi fundamental para o título. Dono do melhor ataque da competição, o Vasco fez nove dos seus 12 gols no segundo tempo.

Com um tropeço do River Plate contra o Nacional, do Uruguai, o Vasco passou a depender apenas de si para ser campeão. E enfrentando mais de 50 mil torcedores empatou com o anfitrião Colo Colo por 1 a 1. O gol vascaíno foi feito por Friaça. O jogo decisivo seria na última rodada, contra o River Plate. Um empate garantia a conquista.

O rival era chamado de “La Maquina” por ter conquistado cinco vezes o título argentino na década de 40. Alfredo Di Stéfano era visto como um dos melhores jogadores do mundo na época e havia marcado 27 gols no último campeonato nacional.

O Vasco jogou com a camisa preta com faixa diagonal branca e calções brancos. O técnico Flávio Costa resolveu barrar para a final o zagueiro argentino Rafagnelli, até então titular absoluto. O caso nunca ficou bem esclarecido. Anos mais tarde, Flávio Costa disse que na véspera da partida não sentiu confiança no jogador.

O jogo ganhou um ar dramático quando o zagueiro Wilson, destaque do time com a marcação em cima do craque Di Stéfano, deixou o gramado contundido. Além disso, o atacante Chico, um dos melhores da equipe, foi expulso após uma confusão no gramado. Aos 42 minutos do segundo tempo, Di Stéfano acertou um chute no travessão de Barbosa. A sorte estava do lado dos campeões. Fim de jogo, e o Vasco era o primeiro clube a conquistar um título sul-americano.

Agência

Time do Vasco campeão sul-americano de 1948. Em pé: Augusto, Barbosa, Rafagnelli, Danilo, Jorge e Eli. Abaixados: Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico


As fichas das partidas

VASCO 2 x 1 LITORAL-BOL
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 14/02/1948
Árbitro: Carlos Lesson (CHI)
Gols: Lelé (2); Sandoval
Cartão vermelho: Ismael (V)
VASCO: Barbosa, Augusto (Rafagnelli) e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca (Ismael), Dimas (Djalma), Lelé e Chico.
LITORAL: Gafure (Millan), Arraz e Bustamante; Vargas, Valencia e Ibanez; Sandoval, Rodriguez, Caparelli, Gutierrez e Orgaz.

VASCO 4 x 1 NACIONAL-URU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 18/02/1948
Árbitro: Higino Madrid (CHI)
Gols: Ademir, Maneca, Danilo e Friaça; Wálter Gómez
VASCO: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir (Ismael) e Chico.
NACIONAL: Paz, Raul Pini e Tejera; Gambetta (Talba), Rodolfo Pini e Cajiga; Castro, Wálter Gómez, Marin, José Garcia e Orlandi.

VASCO 4 x 0 MUNICIPAL-PER
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 25/02/1948
Árbitro: Julio White (CHI)
Gols: Lelé, Friaça (2) e Ismael
VASCO: Barbosa (Barcheta 37’/2ºT), Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas 28’/2ºT), Friaça, Lelé (Ismael, intervalo) e Chico.
MUNICIPAL: Suárez, Cavadas e Perales; Colunga, Castillo e Cellis (Ruiz 18’/2ºT); Mola (Navarrete 38’/2ºT), Mosquera (López 14’/2ºT), Drago, Guzman e Torres.

VASCO 1 x 0 EMELEC-EQU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 29/02/1948
Árbitro: Higino Madri (CHI)
Gol: Ismael
VASCO: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas), Friaça, Lelé (Ismael) e Chico (Nestor).
EMELEC: Arias, Zurita e Enriquez; Mendonza I, Alvarez e Ortiz (Riveros); Fernandez, Jiménez, Alcibar, Yepes e Mendonza II.

VASCO 1 x 1 COLO COLO-CHI
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 07/03/1948
Árbitro: Carlos Paredes (BOL)
Gols: Farias; Friaça
VASCO: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé) (Maneca), Friaça, Ismael e Chico (Nestor).
COLO COLO: Fernandes, Fuerzalida (Urroz) e Pino; Machuca, Miranda e Muñoz; Castro (Clavero), Farias, Infante (Lorca), Varela e López.
* Obs.: O regulamento permitia que um jogador substituído voltasse a campo.

VASCO 0 x 0 RIVER PLATE-ARG
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 14/03/1948
Árbitro: Nobel Valentine (URU)
Cartões vermelhos: Chico (V) e Mendez (RP)
VASCO: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico
RIVER PLATE: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Lostau

SORTEIO CAMISA DO VASCO