Posts Tagged ‘vasco x botafogo’

Vasco x Botafogo: um clássico que vale a permanência de um sonho

Gigante da Colina precisa vencer para seguir na luta por uma vaga na Libertadores. Glorioso quer os três pontos para continuar brigando pelo título

Transmissão ao vivo # Blogão

Ze Roberto x Maicosuel: bom duelo no clássico

Ze Roberto Maicosuel

Um clássico sempre é especial, mas o desta quarta-feira significa ainda mais para os dois times. Para o Vasco, a chance de seguir na luta pela Libertadores. Para o Botafogo, a possibilidade de continuar firme na luta pelo título nacional e por uma vaga no torneio internacional. A partida será disputada no Engenhão, a partir das 21h (horário de Brasília).

O Vasco ocupa a 12ª posição, com 29 pontos. O Gigante da Colina tem nove a menos que o Botafogo que, em quinto lugar, conquistaria a última vaga na Libertadores se o torneio terminasse hoje (como o Inter, quarto colocado, é o atual campeão do torneio continental “abre” mais uma vaga para o quinto do Brasileirão).

A partida será transmitida para todo país pelo PFC. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o duelo em tempo real a partir das 20h30m. Apita o jogo o árbitro Felipe Gomes da Silva (RJ), auxiliado por Dibert Pedrosa Moises (Fifa-RJ) e Luiz Muniz de Oliveira (RJ).

header o que esta em jogo

Vasco: após a derrota para o Inter, no domingo, o time cruzmaltino viu a Libertadores ficar mais longe. Uma vitória nesta quarta é essencial para a equipe voltar a entrar na briga por uma vaga na competição continental.

Botafogo: depois da derrota para o Goiás e do empate em casa com o Cruzeiro, um novo tropeço pode deixar o Botafogo mais perto de sair da zona de classificação para a Libertadores e se afastar da briga pelo título. A vitória, portanto, é importante para dar um pouco mais de conforto na classificação.

header as escalações 2

Vasco: : o técnico PC Gusmão resolveu fazer mistério e não deu pistas sobre a escalação. Felipe, Carlos Alberto e Nunes estão relacionados para a partida mas podem começar no banco. O atacante, em melhor forma física, tem mais chances de começar entre os onze. O time deve começar com a seguinte escalação: Fernando Prass, Fágner, Titi, Dedé e Ramon; Rafael Carioca, Nilton, Carlos Alberto (Fellipe Bastos) e Zé Roberto; Eder Luis e Nunes (Rafael Carioca).

Botafogo: Joel Santana terá à disposição os mesmos jogadores que foram relacionados para o empate com o Cruzeiro. No entanto, a tendência é que Herrera volte à equipe titular, depois de começar no banco no último sábado. O argentino havia se recuperado de uma lesão muscular. O técnico Joel Santana faz mistério, mas a provável escalação será Jefferson, Danny Morais, Antônio Carlos e Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Maicosuel e Somália; Herrera e Loco Abreu.

quem esta fora

Vasco: Allan, com a Seleção Brasileira sub-19 no Japão, é o único desfalque.

Botafogo: O atacante Jobson e o lateral-esquerdo estão em fase final de recuperação de lesões musculares. A tendência é que estejam aptos a atuar neste domingo, contra o Atlético-PR. O volante Marcelo Mattos, que torceu o joelho, ainda está entregue ao departamento médico.

header pendurados

Vasco: Ernani, Fernando, Nilson, Fumagalli.

Botafogo: Antônio Carlos, Danny Morais, Leandro Guerreiro, Fahel, Lucio Flavio, Maicosuel, Edno, Caio, Herrera, Loco Abreu e Jobson..

header fique de olho 2

Vasco: Fágner tem sido importante arma ofensiva do Vasco. Sem Marcelo Cordeiro, o Botafogo fica sem um lateral-esquerdo de origem, o que pode facilitar a vida do jogador vascaíno.

Botafogo: ele já mostrou que pode fazer a diferença, mas sabe que está devendo. Motivado por reencontrar o melhor futebol, Maicosuel tem num clássico a oportunidade perfeita para voltar a ser decisivo.

header o que eles disseram

Carlos Alberto (meia do Vasco): “É um jogo de 600 pontos. Não podemos mais perder pontos para seguir na briga pela Libertadores.

Joel Santana, técnico do Botafogo: “O Vasco tem uma equipe bem trabalhada, com jogadores talentosos. Mas nós temos as nossas estrelas, e vai ser jogo bom de se ver. O Vasco vai apostar, e nós também. Vai ser um choque de gigantes.” header números e curiosidades

* Neste ano, Vasco e Botafogo se enfrentaram três vezes, com uma vitória para cada lado e um empate. O jogo desta quarta pode desempatar essa briga.
* Nos duelos pelo Brasileiro, o Vasco leva grande vantagem sobre o Botafogo. Em 34 jogos, foram 15 vitórias cruzmaltinas contra apenas 5 do Glorioso.
*Vasco e Botafogo já decidiram oito titulos. Em sete, foi o Glorioso quem deu a volta olímpica.

header último confronto v2

No último confronto entre Vasco e Botafogo, válido pelo primeiro turno do Brasileiro, o duelo terminou empatado em 1 a 1. Em um jogo polêmico, as duas equipes deixaram o gramado reclamando bastante da arbitragem.

Além desse jogo, Vasco e Botafogo fizerem duas partidas memoráveis no Carioca. Na fase classificatória da Taça Guanabara, o Vasco derrotou o rival por 6 a 0. Porém, a resposta não demorou e veio na final do torneio: 2 a 0 para o Glorioso.

Título sul-americano completa 60 anos

Título sul-americano completa 60 anos

Em 48, Vasco foi o primeiro time a ser campeão continental após empate com River Plate

Agência
Na sala de troféus de São Januário, a taça do título de 1948 fica em destaque, entre as taças da Libertadores (direita) e da Mercosul (e)

Na música que virou símbolo da torcida cruzmaltina nos estádios desde o ano passado é possível entender um pouco da história do clube: “Vou torcer pro Vasco ser Campeão,
São Januário, meu caldeirão… Vasco, tua glória é tua história, é relembrar o Expresso da
Vitória”. O citado “Expresso da Vitória”, time que entre 1945 e 1952 ganhou dezenas de títulos, foi o responsável por uma das conquistas mais importantes da história da Colina. Nesta sexta-feira, 14 de março, completa 60 anos que o Vasco levantou a taça do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948.

A competição, disputada no Chile, foi a primeira conquista pelo futebol brasileiro no exterior. Incluindo a seleção brasileira. O Vasco foi campeão invicto com quatro vitórias e dois empates e superou um dos principais clubes da época: o River Plate, da Argentina, que era chamado de “La Maquina” e tinha o craque Di Stéfano. O Sul-Americano de Clubes Campeões foi o título mais importante do Vasco até a conquista da Taça Libertadores em 98.

A Conmebol passou a reconhecer a competição em 1996, e o Vasco se tornou o primeiro campeão sul-americano. A reivindicação da diretoria ocorreu para o clube ter o direito de disputar a Supercopa, que reunia todos os campeões de Libertadores.
A defesa do Vasco usou como principal prova um livro antigo da Conmebol, que havia sido descoberto na época, e contava a história da Taça Libertadores. No livro, o Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 foi considerado o “embrião” da Libertadores.

Convite foi feito por dirigente rubro-negro

O livro “Um Expresso chamado Vitória”, que será lançado em agosto deste ano e foi produzido pelos pesquisadores Alexandre Mesquita e Jefferson Almeida, descobriu que o Vasco recebeu o convite para participar do Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 por um dirigente rubro-negro. Dario de Melo Pinto, que representava os interesses do Colo Colo, do Chile, entrou em contato com a diretoria vascaína no dia 18 de dezembro de 1947 para conversar sobre a competição. O cartola rubro-negro também levou o presidente do clube chileno, Robinson Alvarez Marín, para visitar a sede de São Januário e acertar a participação vascaína. O clube foi escolhido por ter sido campeão invicto do Campeonato Carioca de 1947. Outros seis clubes disputaram o título com o Vasco:

  • Colo-Colo (Chile) – Campeão chileno e organizador da competição
  • Nacional (Uruguai) – Campeão uruguaio de 1947
  • River Plate (Argentina) – Campeão argentino de 1947 e visto como o principal time sul-americano
  • Emelec (Equador) – Campeão de Guayaquil em 1946 e 1948, na época o principal torneio do país
  • El Lítoral (Bolívia) – Campeão do Torneio de La Paz, a principal competição boliviana
  • Municipal (Peru) – Vice-campeão peruano de 1947

A competição tinha um regulamento simples. Todos os clubes se enfrentariam, e o campeão seria quem somasse mais pontos. O Sul-Americano de Campeões duraria pouco mais de um mês. Começava no dia 11 de fevereiro e terminava no dia 14 de março. Todos os jogos vascaínos seriam disputados no Estádio Nacional, em Santiago, na capital chilena.

DATA JOGOS GOLS DO VASCO
14/02/1948 2 x 1 Litoral-BOL Lelé (2)
18/02/1948 4 x 1 Nacional-URU Ademir, Maneca, Danilo e Friaça
25/02/1948 4 x 0 Municipal-PER Lelé, Friaça (2) e Ismael
29/02/1948 1 x 0 Emelec-EQU Ismael
07/03/1948 1 x 1 Colo Colo-CHI Friaça
14/03/1948 0 x 0 River Plate-ARG

O Vasco viajou com 18 jogadores para disputar a competição: Barbosa, Barcheta, Augusto, Wilson, Rafagnelli, Ely, Danilo, Jorge, Moacir, Djalma, Nestor, Maneca, Ademir, Dimas, Lelé, Friaça, Ismael e Chico. Apenas um atleta não entrou em campo durante o Sul-Americano: o meia Moacir, que na época tinha 23 anos. A força daquele time poderia ser comprovada pouco tempo depois. Seis jogadores que conquistaram o título de 1948 foram titulares da seleção brasileira na Copa de 1950.O Vasco estreou no dia 14 de fevereiro contra o Litoral, da Bolívia. O jogo foi mais difícil do que o esperado. E a vitória veio graças à inspiração de Lelé, que fez os dois gols do triunfo de 2 a 1. No jogo seguinte, o Expresso da Vitória encararia um dos favoritos ao título: o Nacional, do Uruguai. Mas o Vasco fez a melhor partida na competição e não deu chance ao rival. Uma goleada de 4 a 1, com gols de Ademir, Friaça, Danilo e Maneca. Mas a vitória nem foi comemorada. O atacante Ademir de Menezes sofreu uma fratura no tornozelo direito durante o jogo e estava fora da competição. O Vasco perdia seu o principal jogador.

JOGADOR PARTIDAS GOLS
Barbosa (goleiro) 6 -3*
Barcheta (goleiro) 1 0*
Augusto (zagueiro) 4
Wilson (zagueiro) 5
Rafagnelli (zagueiro) 5
Ely (meia) 6
Danilo (meia) 6 1
Jorge (meia) 6
Moacir (meia)
Djalma (atacante) 6
Nestor (atacante) 2
Maneca (meia) 6 1
Ademir (atacante) 1 1
Dimas (atacante) 4
Lelé (atacante) 5 3
Friaça (atacante) 6 4
Ismael (atacante) 6 2
Chico (atacante) 6
* Gols sofridos

O técnico Flávio Costa escolheu, então, Lelé para entrar no time. O atacante terminou a competição com três gols. Na terceira partida, outra goleada cruzmaltina: 4 a 0 sobre o Municipal, do Peru. Os gols foram marcados por Lelé, Friaça (2) e Ismael.

De mero participante, o Vasco passou a ser visto como um time que disputaria o título. Após três partidas, o time dividia a liderança com o River Plate. O quarto jogo foi difícil. Vitória de 1 a 0 sobre o Emelec, do Equador, com um gol de Ismael no segundo tempo.

Aliás, a boa preparação física daquele time foi fundamental para o título. Dono do melhor ataque da competição, o Vasco fez nove dos seus 12 gols no segundo tempo.

Com um tropeço do River Plate contra o Nacional, do Uruguai, o Vasco passou a depender apenas de si para ser campeão. E enfrentando mais de 50 mil torcedores empatou com o anfitrião Colo Colo por 1 a 1. O gol vascaíno foi feito por Friaça. O jogo decisivo seria na última rodada, contra o River Plate. Um empate garantia a conquista.

O rival era chamado de “La Maquina” por ter conquistado cinco vezes o título argentino na década de 40. Alfredo Di Stéfano era visto como um dos melhores jogadores do mundo na época e havia marcado 27 gols no último campeonato nacional.

O Vasco jogou com a camisa preta com faixa diagonal branca e calções brancos. O técnico Flávio Costa resolveu barrar para a final o zagueiro argentino Rafagnelli, até então titular absoluto. O caso nunca ficou bem esclarecido. Anos mais tarde, Flávio Costa disse que na véspera da partida não sentiu confiança no jogador.

O jogo ganhou um ar dramático quando o zagueiro Wilson, destaque do time com a marcação em cima do craque Di Stéfano, deixou o gramado contundido. Além disso, o atacante Chico, um dos melhores da equipe, foi expulso após uma confusão no gramado. Aos 42 minutos do segundo tempo, Di Stéfano acertou um chute no travessão de Barbosa. A sorte estava do lado dos campeões. Fim de jogo, e o Vasco era o primeiro clube a conquistar um título sul-americano.

Agência

Time do Vasco campeão sul-americano de 1948. Em pé: Augusto, Barbosa, Rafagnelli, Danilo, Jorge e Eli. Abaixados: Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico


As fichas das partidas

VASCO 2 x 1 LITORAL-BOL
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 14/02/1948
Árbitro: Carlos Lesson (CHI)
Gols: Lelé (2); Sandoval
Cartão vermelho: Ismael (V)
VASCO: Barbosa, Augusto (Rafagnelli) e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca (Ismael), Dimas (Djalma), Lelé e Chico.
LITORAL: Gafure (Millan), Arraz e Bustamante; Vargas, Valencia e Ibanez; Sandoval, Rodriguez, Caparelli, Gutierrez e Orgaz.

VASCO 4 x 1 NACIONAL-URU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 18/02/1948
Árbitro: Higino Madrid (CHI)
Gols: Ademir, Maneca, Danilo e Friaça; Wálter Gómez
VASCO: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir (Ismael) e Chico.
NACIONAL: Paz, Raul Pini e Tejera; Gambetta (Talba), Rodolfo Pini e Cajiga; Castro, Wálter Gómez, Marin, José Garcia e Orlandi.

VASCO 4 x 0 MUNICIPAL-PER
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 25/02/1948
Árbitro: Julio White (CHI)
Gols: Lelé, Friaça (2) e Ismael
VASCO: Barbosa (Barcheta 37’/2ºT), Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas 28’/2ºT), Friaça, Lelé (Ismael, intervalo) e Chico.
MUNICIPAL: Suárez, Cavadas e Perales; Colunga, Castillo e Cellis (Ruiz 18’/2ºT); Mola (Navarrete 38’/2ºT), Mosquera (López 14’/2ºT), Drago, Guzman e Torres.

VASCO 1 x 0 EMELEC-EQU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 29/02/1948
Árbitro: Higino Madri (CHI)
Gol: Ismael
VASCO: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas), Friaça, Lelé (Ismael) e Chico (Nestor).
EMELEC: Arias, Zurita e Enriquez; Mendonza I, Alvarez e Ortiz (Riveros); Fernandez, Jiménez, Alcibar, Yepes e Mendonza II.

VASCO 1 x 1 COLO COLO-CHI
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 07/03/1948
Árbitro: Carlos Paredes (BOL)
Gols: Farias; Friaça
VASCO: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé) (Maneca), Friaça, Ismael e Chico (Nestor).
COLO COLO: Fernandes, Fuerzalida (Urroz) e Pino; Machuca, Miranda e Muñoz; Castro (Clavero), Farias, Infante (Lorca), Varela e López.
* Obs.: O regulamento permitia que um jogador substituído voltasse a campo.

VASCO 0 x 0 RIVER PLATE-ARG
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 14/03/1948
Árbitro: Nobel Valentine (URU)
Cartões vermelhos: Chico (V) e Mendez (RP)
VASCO: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico
RIVER PLATE: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Lostau

SORTEIO CAMISA DO VASCO