Posts Tagged ‘torcida do vasco’

Presidente-ídolo é ovacionado em São Januário. Time faz 4 a 0 e embala para encarar o Fla

Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM

Na primeira partida em São Januário após Roberto Dinamite ter assumido a presidência, o Vasco goleou por 4 a 0 nesta quinta-feira o Sport, seu carrasco na Copa do Brasil. Os gols foram de Morais, Pablo, Jean e Edmundo – o time carioca chegou à sétima colocação no Campeonato Brasileiro.

O primeiro tempo começou com o Sport em cima do Vasco. O Rubro-Negro chegava bem com Fumagalli e com o veloz Carlinhos Bala. Aos cinco minutos, o Sport quase abriu o placar. Na cobrança de escanteio, Igor subiu mais do que a zaga vascaína e cabeçeou com força, obrigando Tiago a fazer uma grande defesa.

Jogando com muita velocidade, o Sport explorava o lado direito do Vasco, aproveitando as subidas do lateral Wagner Diniz. Aos 16 minutos, Tiago fez outra ótima defesa em um chute cruzado do camisa 7 do time pernambucano.

O Vasco chegou com perigo pela primeira vez aos 18 minutos. Em um belo contra-ataque, Edmundo serviu Jean, que desperdiçou uma grande chance de abrir o placar. Aos 25 minutos o Animal deixou Pablo na cara do gol, mas o goleiro Magrão foi mais rápido e afastou o perigo.

Aos poucos o Vasco foi se encontrando na partida e passou a equilibrar as ações. Até que, aos 35 minutos abriu o placar. Em um contra-ataque, a bola sobrou para Morais, que de fora da área chutou sem chances para o goleiro Magrão: 1 a 0 Vasco.

Na segunda etapa, o Sport foi para o tudo ou nada. Nelsinho Baptista tirou o volante Sandro Goiano e no seu lugar entrou o centroavante Enílton. Mas essa mudança não surtiu efeito, pois logo aos oito minutos saiu o segundo gol do Gigante da Colina. Pablo fez uma linda jogada: passou por três marcadores do Sport e, de bico, tocou no canto esquerdo do goleiro Magrão.

Tendo que sair para o jogo, o Sport abriu espaço para o Vasco, que soube aproveitar. Em um erro grotesco da zaga pernambucana, Wagner Diniz avançou e cruzou para Jean completar para a rede. Três minutos depois, após linda tabela com Leandro Amaral, Edmundo tocou na saída do goleiro e fez o quarto, dando número finais ao placar.

VASCO X SPORT

Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 10/7/2008 – 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Antônio Hora Filho (SE)
Auxiliares: Ivaney Alves de Lima (SE) Cleriston Clay Barreto (SE)

Renda/público: R$ 104.296 / 6.703 pagantes
Cartões amarelos: Luciano Henrique 38’/1ºT, 41’/1ºT Morais, Fabio Gomes 43’/1ºT, Sandro Goiano 45’/1ºT
GOLS: Morais 35’/1ºT, Pablo 8’/2ºT, Jean 22’/2ºT, Edmundo 25’/2ºT

VASCO: Tiago, Eduardo Luiz, Rodrigo Antônio (Vinícius, 43’/2ºT) e Victor; Wagner Diniz, Jonilson, Morais, Jean e Pablo; Edmundo (Beto, 34, 43’/2ºT) e Leandro Amaral. Técnico: Antônio Lopes.

SPORT: Magrão Diogo (Everton, 15, 43’/2ºT), Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Sandro Goiano (Enílton, intervalo), Fumagalli e Fábio Gomes; Luciano Henrique e Carlinhos Bala. Técnico: Nelsinho Baptista.

.

VÍDEOS

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Compacto Vasco 4 x 0 Sport

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 09:00

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Edmundo aos 25 do 2º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 01:17

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Jean aos 22 do 2º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 00:53

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Pablo aos 9 do 2º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 01:14

Brasileirão 2008 – Rodada 10 – Vasco X Sport – Gol do Vasco – Morais aos 35 do 1º Tempo

Adicionado no CB em: 10/07/2008
Tempo: 00:42

 ‘Torcida precisa de títulos’

Thiago Lavinas/GLOBOESPORTE.COM

Experiente treinador substitui Alfredo Sampaio, fala em mudanças no time, elogia Edmundo e afirma que elenco não deve nada aos rivais

antonio-lopes.jpgO Vasco não perdeu tempo. Logo após a saída do técnico Alfredo Sampaio, o clube já contratou o seu substituto. Trata-se de Antônio Lopes, um velho conhecido da torcida cruzmaltina. Ele será apresentado ainda nesta segunda-feira, às 18h, em São Januário.

O treinador assume o Cruzmaltino pela sexta vez. No comando do clube da Colina, Antônio Lopes conseguiu os seus títulos mais significativos da carreira.

O presidente Eurico Miranda explicou o motivo que culminou com a volta de Lopes ao clube da Colina. Na visão do dirigente, a história do treinador com o Vasco possibilitou tal ação.

“O Lopes tem uma condição especial no Vasco. Além da qualidade técnica indiscutível, ele tem um passado especial no clube. É meu amigo especial, freqüenta a minha casa, por isso a rapidez no acerto”, disse Eurico, emendando um dos motivos para a saída do antigo comandante, Alfredo Sampaio.

“O relacionamento estava desgastado. Chegou-se a um consenso de que era melhor para o Vasco e para o próprio treinador”, disse, em entrevista à Rádio Tupi.

Sob o comando do Vasco, ele foi três vezes campeão carioca (1982, 1998 e 2003), uma vez campeão brasileiro (1997), da Copa Libertadores da América (1998, ano do centenário do clube) e do Rio-São Paulo (1999). Além disso, Lopes era o comandante do time no último titulo conquistado: o Estadual de 2003.

Antônio Lopes, que estava fora do futebol desde agosto do ano passado, quando deixou o comando do Atlético-PR, deve reestrear no comando do Vasco já na partida desta quinta-feira, contra o Bragantino, em São Januário, pela Copa do Brasil.

Treinador é apresentado, promete mudanças no time e é só elogios a Edmundo

O Vasco ficou poucas horas sem técnico. Sem vestir a tradicional camisa verde, mas com um olhar sério e usando palavras tranqüilas, Antônio Lopes foi apresentado no início da noite desta segunda-feira, na sala da presidência do clube, como o novo treinador do time. Pouco antes, Alfredo Sampaio deu um rápido depoimento sobre os motivos da sua demissão.

Antônio Lopes foi apresentado antes mesmo de assinar o contrato, que segundo o presidente Eurico Miranda não terá “prazo de validade”. Aos 66 anos, o treinador assume o Vasco pela sexta vez. Ele foi três vezes campeão carioca (1982, 1998 e 2003), uma vez campeão brasileiro (1997), da Libertadores (1998) e do Rio-São Paulo (1999). Antônio Lopes estava afastado do futebol desde agosto do ano passado, quando deixou o comando do Atlético-PR.

Por cerca de 30 minutos, Antônio Lopes falou da felicidade de voltar ao Vasco, garantiu que vai mudar o time para a partida contra o Bragantino, na quinta-feira, pela Copa do Brasil, do relacionamento com Edmundo e dos planos na Colina.

 VOLTA AO VASCO

Tenho muita satisfação e alegria em voltar. Estava com muitas saudades do Vasco. Estava fora desde 2003. Todo mundo sabe que sou torcedor do Vasco. Nunca neguei isso como profissional. Sou vascaíno desde a década de 50. Vinha com todos os familiares assistir aos jogos do clube em São Januário. Conheço muito bem o Vasco, tenho raízes, sou filho de portugueses e fui torcedor do Vasco por muito tempo. Comecei a minha vida profissional no Vasco em 1974 trabalhando como auxiliar (foi campeão brasileiro) e comecei como treinador também no Vasco em 1981. Ajudei o clube a ganhar muitos títulos. E estou feliz com o retorno. Tenho certeza de que vou fazer um bom trabalho. O Vasco tem uma safra nova e promissora. Alguns já são até realidade. O Vasco disputa duas competições e tem amplas condições de ganhar. E vamos batalhar sem dúvida nenhuma para conquistar estes títulos porque a nossa torcida precisa de títulos.

 RELACIONAMENTO COM O EDMUNDO

Agência

Edmundo brinca com Antônio Lopes em 97

É um relacionamento de pai para filho. Sempre que ele trabalhou comigo se deu bem. A melhor época da carreira dele foi comigo, em 1997, quando fez 29 gols e quebrou na época o recorde de gols do Campeonato Brasileiro. Tenho um carinho muito grande por ele. Em 1991, o puxei para treinar entre os profissionais. Ele treinava comigo, e o Nelsinho, que assumiu no início de 1992,  decidiu escalá-lo como titular. Temos um relacionamento muito bom, e ele vai me ajudar muito. Se trata de um jogador excepcional e é um artilheiro.

 CONQUISTA DE TÍTULOS

Vai ter uma mudança na dimânica do trabalho. Cada profissional trabalha de uma forma. Estou aqui para ganhar títulos. O Vasco oferece boas condições de trabalho. Fiquei seis meses parado. Foi uma opção. Estava escolhendo para não enfiar a mão em um fio desencapado. Cheguei em um momento da carreira que tinha condições disso. O Vasco tem amplas condições de disputar bem essas duas competições.

 TRABALHO COM A BASE

O Vasco sempre faz esse trabalho. Sempre revelou bons jogadores. É só lembrar do Pedrinho, Felipe, Edmundo, Fabiano Eller… O Vasco tem uma base muito boa. Acompanhei muito o Vasco neste ano, vi uns jogos da Taça São Paulo de Juniores, vejo jogos das divisões de base no Maracanã. E o Vasco tem uma bom grupo. É importante mesclar os profissionais com esses garotos da base.

Vou aproveitar o que foi feito aqui. Conversei com algumas pessoas, sei o que foi realizado. Conheço o Vasco, o time… porque vi vários jogos. Vou mudar. Para este primeiro jogo, posso fazer rapidamente algumas mudanças na composição do time e também na parte tática. Conversar nesta hora também é muito importante. O trabalho psicológico tem que entrar nesta hora.

 QUARTA FORÇA DO RIO

Não concordo com os que falam que o Vasco é a quarta força. O time está em igualdade de condições com os outros. Tem as mesmas qualidades de Flamengo, Fluminense e Botafogo. Não tem isso.

 ADEUS DE ROMÁRIO

Tenho uma afinidade muito grande com o Romário. Seria bom para ele e também para o Vasco que ele voltasse para se despedir. Seria ótimo fazer uma despedida pelo clube.

 FALTA DE COMPROMETIMENTO DOS JOGADORES

Tenho que me interar para saber o que aconteceu. Tenho que conversar com eles. E se realmente aconteceu isso, vou atacar os pontos que são os problemas. Se eles existem vão ser resolvidos.

 SAÍDA CONTURBADA NA ÚLTIMA PASSAGEM

Não houve pressão de torcida, não houve nada. Saí em 2003 porque quis. Você sempre tem que saber a hora que entrar e a hora de sair.

Título sul-americano completa 60 anos

Título sul-americano completa 60 anos

Em 48, Vasco foi o primeiro time a ser campeão continental após empate com River Plate

Agência
Na sala de troféus de São Januário, a taça do título de 1948 fica em destaque, entre as taças da Libertadores (direita) e da Mercosul (e)

Na música que virou símbolo da torcida cruzmaltina nos estádios desde o ano passado é possível entender um pouco da história do clube: “Vou torcer pro Vasco ser Campeão,
São Januário, meu caldeirão… Vasco, tua glória é tua história, é relembrar o Expresso da
Vitória”. O citado “Expresso da Vitória”, time que entre 1945 e 1952 ganhou dezenas de títulos, foi o responsável por uma das conquistas mais importantes da história da Colina. Nesta sexta-feira, 14 de março, completa 60 anos que o Vasco levantou a taça do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948.

A competição, disputada no Chile, foi a primeira conquista pelo futebol brasileiro no exterior. Incluindo a seleção brasileira. O Vasco foi campeão invicto com quatro vitórias e dois empates e superou um dos principais clubes da época: o River Plate, da Argentina, que era chamado de “La Maquina” e tinha o craque Di Stéfano. O Sul-Americano de Clubes Campeões foi o título mais importante do Vasco até a conquista da Taça Libertadores em 98.

A Conmebol passou a reconhecer a competição em 1996, e o Vasco se tornou o primeiro campeão sul-americano. A reivindicação da diretoria ocorreu para o clube ter o direito de disputar a Supercopa, que reunia todos os campeões de Libertadores.
A defesa do Vasco usou como principal prova um livro antigo da Conmebol, que havia sido descoberto na época, e contava a história da Taça Libertadores. No livro, o Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 foi considerado o “embrião” da Libertadores.

Convite foi feito por dirigente rubro-negro

O livro “Um Expresso chamado Vitória”, que será lançado em agosto deste ano e foi produzido pelos pesquisadores Alexandre Mesquita e Jefferson Almeida, descobriu que o Vasco recebeu o convite para participar do Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 por um dirigente rubro-negro. Dario de Melo Pinto, que representava os interesses do Colo Colo, do Chile, entrou em contato com a diretoria vascaína no dia 18 de dezembro de 1947 para conversar sobre a competição. O cartola rubro-negro também levou o presidente do clube chileno, Robinson Alvarez Marín, para visitar a sede de São Januário e acertar a participação vascaína. O clube foi escolhido por ter sido campeão invicto do Campeonato Carioca de 1947. Outros seis clubes disputaram o título com o Vasco:

  • Colo-Colo (Chile) – Campeão chileno e organizador da competição
  • Nacional (Uruguai) – Campeão uruguaio de 1947
  • River Plate (Argentina) – Campeão argentino de 1947 e visto como o principal time sul-americano
  • Emelec (Equador) – Campeão de Guayaquil em 1946 e 1948, na época o principal torneio do país
  • El Lítoral (Bolívia) – Campeão do Torneio de La Paz, a principal competição boliviana
  • Municipal (Peru) – Vice-campeão peruano de 1947

A competição tinha um regulamento simples. Todos os clubes se enfrentariam, e o campeão seria quem somasse mais pontos. O Sul-Americano de Campeões duraria pouco mais de um mês. Começava no dia 11 de fevereiro e terminava no dia 14 de março. Todos os jogos vascaínos seriam disputados no Estádio Nacional, em Santiago, na capital chilena.

DATA JOGOS GOLS DO VASCO
14/02/1948 2 x 1 Litoral-BOL Lelé (2)
18/02/1948 4 x 1 Nacional-URU Ademir, Maneca, Danilo e Friaça
25/02/1948 4 x 0 Municipal-PER Lelé, Friaça (2) e Ismael
29/02/1948 1 x 0 Emelec-EQU Ismael
07/03/1948 1 x 1 Colo Colo-CHI Friaça
14/03/1948 0 x 0 River Plate-ARG

O Vasco viajou com 18 jogadores para disputar a competição: Barbosa, Barcheta, Augusto, Wilson, Rafagnelli, Ely, Danilo, Jorge, Moacir, Djalma, Nestor, Maneca, Ademir, Dimas, Lelé, Friaça, Ismael e Chico. Apenas um atleta não entrou em campo durante o Sul-Americano: o meia Moacir, que na época tinha 23 anos. A força daquele time poderia ser comprovada pouco tempo depois. Seis jogadores que conquistaram o título de 1948 foram titulares da seleção brasileira na Copa de 1950.O Vasco estreou no dia 14 de fevereiro contra o Litoral, da Bolívia. O jogo foi mais difícil do que o esperado. E a vitória veio graças à inspiração de Lelé, que fez os dois gols do triunfo de 2 a 1. No jogo seguinte, o Expresso da Vitória encararia um dos favoritos ao título: o Nacional, do Uruguai. Mas o Vasco fez a melhor partida na competição e não deu chance ao rival. Uma goleada de 4 a 1, com gols de Ademir, Friaça, Danilo e Maneca. Mas a vitória nem foi comemorada. O atacante Ademir de Menezes sofreu uma fratura no tornozelo direito durante o jogo e estava fora da competição. O Vasco perdia seu o principal jogador.

JOGADOR PARTIDAS GOLS
Barbosa (goleiro) 6 -3*
Barcheta (goleiro) 1 0*
Augusto (zagueiro) 4
Wilson (zagueiro) 5
Rafagnelli (zagueiro) 5
Ely (meia) 6
Danilo (meia) 6 1
Jorge (meia) 6
Moacir (meia)
Djalma (atacante) 6
Nestor (atacante) 2
Maneca (meia) 6 1
Ademir (atacante) 1 1
Dimas (atacante) 4
Lelé (atacante) 5 3
Friaça (atacante) 6 4
Ismael (atacante) 6 2
Chico (atacante) 6
* Gols sofridos

O técnico Flávio Costa escolheu, então, Lelé para entrar no time. O atacante terminou a competição com três gols. Na terceira partida, outra goleada cruzmaltina: 4 a 0 sobre o Municipal, do Peru. Os gols foram marcados por Lelé, Friaça (2) e Ismael.

De mero participante, o Vasco passou a ser visto como um time que disputaria o título. Após três partidas, o time dividia a liderança com o River Plate. O quarto jogo foi difícil. Vitória de 1 a 0 sobre o Emelec, do Equador, com um gol de Ismael no segundo tempo.

Aliás, a boa preparação física daquele time foi fundamental para o título. Dono do melhor ataque da competição, o Vasco fez nove dos seus 12 gols no segundo tempo.

Com um tropeço do River Plate contra o Nacional, do Uruguai, o Vasco passou a depender apenas de si para ser campeão. E enfrentando mais de 50 mil torcedores empatou com o anfitrião Colo Colo por 1 a 1. O gol vascaíno foi feito por Friaça. O jogo decisivo seria na última rodada, contra o River Plate. Um empate garantia a conquista.

O rival era chamado de “La Maquina” por ter conquistado cinco vezes o título argentino na década de 40. Alfredo Di Stéfano era visto como um dos melhores jogadores do mundo na época e havia marcado 27 gols no último campeonato nacional.

O Vasco jogou com a camisa preta com faixa diagonal branca e calções brancos. O técnico Flávio Costa resolveu barrar para a final o zagueiro argentino Rafagnelli, até então titular absoluto. O caso nunca ficou bem esclarecido. Anos mais tarde, Flávio Costa disse que na véspera da partida não sentiu confiança no jogador.

O jogo ganhou um ar dramático quando o zagueiro Wilson, destaque do time com a marcação em cima do craque Di Stéfano, deixou o gramado contundido. Além disso, o atacante Chico, um dos melhores da equipe, foi expulso após uma confusão no gramado. Aos 42 minutos do segundo tempo, Di Stéfano acertou um chute no travessão de Barbosa. A sorte estava do lado dos campeões. Fim de jogo, e o Vasco era o primeiro clube a conquistar um título sul-americano.

Agência

Time do Vasco campeão sul-americano de 1948. Em pé: Augusto, Barbosa, Rafagnelli, Danilo, Jorge e Eli. Abaixados: Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico


As fichas das partidas

VASCO 2 x 1 LITORAL-BOL
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 14/02/1948
Árbitro: Carlos Lesson (CHI)
Gols: Lelé (2); Sandoval
Cartão vermelho: Ismael (V)
VASCO: Barbosa, Augusto (Rafagnelli) e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca (Ismael), Dimas (Djalma), Lelé e Chico.
LITORAL: Gafure (Millan), Arraz e Bustamante; Vargas, Valencia e Ibanez; Sandoval, Rodriguez, Caparelli, Gutierrez e Orgaz.

VASCO 4 x 1 NACIONAL-URU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 18/02/1948
Árbitro: Higino Madrid (CHI)
Gols: Ademir, Maneca, Danilo e Friaça; Wálter Gómez
VASCO: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir (Ismael) e Chico.
NACIONAL: Paz, Raul Pini e Tejera; Gambetta (Talba), Rodolfo Pini e Cajiga; Castro, Wálter Gómez, Marin, José Garcia e Orlandi.

VASCO 4 x 0 MUNICIPAL-PER
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 25/02/1948
Árbitro: Julio White (CHI)
Gols: Lelé, Friaça (2) e Ismael
VASCO: Barbosa (Barcheta 37’/2ºT), Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas 28’/2ºT), Friaça, Lelé (Ismael, intervalo) e Chico.
MUNICIPAL: Suárez, Cavadas e Perales; Colunga, Castillo e Cellis (Ruiz 18’/2ºT); Mola (Navarrete 38’/2ºT), Mosquera (López 14’/2ºT), Drago, Guzman e Torres.

VASCO 1 x 0 EMELEC-EQU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 29/02/1948
Árbitro: Higino Madri (CHI)
Gol: Ismael
VASCO: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas), Friaça, Lelé (Ismael) e Chico (Nestor).
EMELEC: Arias, Zurita e Enriquez; Mendonza I, Alvarez e Ortiz (Riveros); Fernandez, Jiménez, Alcibar, Yepes e Mendonza II.

VASCO 1 x 1 COLO COLO-CHI
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 07/03/1948
Árbitro: Carlos Paredes (BOL)
Gols: Farias; Friaça
VASCO: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé) (Maneca), Friaça, Ismael e Chico (Nestor).
COLO COLO: Fernandes, Fuerzalida (Urroz) e Pino; Machuca, Miranda e Muñoz; Castro (Clavero), Farias, Infante (Lorca), Varela e López.
* Obs.: O regulamento permitia que um jogador substituído voltasse a campo.

VASCO 0 x 0 RIVER PLATE-ARG
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 14/03/1948
Árbitro: Nobel Valentine (URU)
Cartões vermelhos: Chico (V) e Mendez (RP)
VASCO: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico
RIVER PLATE: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Lostau

SORTEIO CAMISA DO VASCO